A História da COBRASMA
A propositura foi aprovada, considerando-se o desgaste do material rodante durante a segunda Guerra Mundial, o aumento do tráfego e a não reposição desse material, praticamente todo importado. Já existia a indústria de rodas coquilhadas, bem como a de montagem de vagões. Mas era necessário que se fabricassem truques, engates, aparelhos de choque e tração, eixos, entre outros. A Companhia Siderúrgica Nacional já fornecia chapas e perfilados de fabricação 100% nacionalizada.A Cobrasma foi fundada no ano de 1944, na cidade de Osasco, por Gastão Vidigal. Durante uma reunião no dia 21 de outubro de 1943, no Setor de Produção Industrial, em São Paulo, a que estiveram presentes banqueiros, diretores de estradas de ferro e industriais, discutiu-se um primeiro projeto com vistas à construção de material ferroviário no País.
Em conseqüência, em 1º de setembro de 1944, fundou-se a Companhia Brasileira de Material Ferroviário. Nesse mesmo dia, foram aprovados os estatutos com o capital inicial de NCr$40.000,00.
Atividade Inicial
O programa do projeto inicial previa a produção de: um mínimo de 250 vagões por mês, eixos comuns e excêntricos, cilindros forjados para laminadores, blocos para estampagem, recipientes forjados para pressão interna, flanges e várias peças.
A Cobrasma iniciou sua produção e, em menos de um ano, a fundição de aço começava a fabricar partes para vagões e outras peças para o mercado ávido de material de qualidade. Nesta primeira fase, as peças fundidas e os componentes dos vagões ferroviários produzidos pel empresa eram fabricados segundo a técnica fornecida pela American Steel Foundires, de Chicago, E.U.A. O plano estudado, além da fundição de aço, incluía a produção de sínter, aciaria, laminação forjaria, tratamento término e fabricação de aços-liga.
Posteriormente, o plano foi concretizado excluindo-se a produção de sínter e a laminação.
Ao completar 25 anos, a Cobrasma, concretizou o ideal daqueles que se propuseram dotar o País de uma indústria que contribuísse marcantemente para acelerar seu ritmo de progresso e desenvolvimento.
Em sua expansão, a Cobrasma já ultrapassou os limites do mercado interno, levando para além das fronteiras a marca que identifica o elevado padrão de qualidade dos produtos de sua fabricação. Sua históra, em ritmo de desenvolvimento sempre crescente, é bem o reflexo do dinamismo e da capacidade de ação aliada a alta eficiência técnica.
Em sua expansão, a Cobrasma já ultrapassou os limites do mercado interno, levando para além das fronteiras a marca que identifica o elevado padrão de qualidade dos produtos de sua fabricação. Sua históra, em ritmo de desenvolvimento sempre crescente, é bem o reflexo do dinamismo e da capacidade de ação aliada a alta eficiência técnica.
Firme no propósito de contribuir cada vez mais para o progresso da economia nacional, a empresa não se afastou do seu objetivo, consubstanciado no propósito de diversificar ao máximo a linha de seus produtos, para atender à demanda sempre crescente do mercado.
Capítulos da História
A Quadra das Primeiras Realizações (1944/47)
Início das instalações industriais. Contratos com grandes firmas norte-americanas para representação e também uso de suas patentes para fabricação de produtos ferroviários: American Steel Foundries (truques, engates, aparelhos de choque e tração) e General Railway Signal Company (sinalização automática para estradas de ferro).
Em 1945, instalação da Fundição de Aço,atualmente a maior da América Latina. Novos contratos com firmas especializadas norte-amercianas, destacando-se a Whiting Corporation, fabricante de guindastes e macacos para locomotivas e vagões, mesas giratórias, guinchos, pontes rolantes e outras especialidades. Montagem e entrega de 594 vagões de tipo fechado, inteiramente de aço, com capacidade para 36 toneladas de lotação. Início da fabricação de mais 600 vagões, destinados ao Departamento Nacional de Estradas de Ferro.
Em 1947, a Cobrasma torna-se principal acionista da empresa Forjas Nacionais S.A., Fornasa.
A Hora e a Vez do Aço e do Ferro (1948/50)
Maio de 1948 acontece a primeira corrida de aço na Cobrasma. Em junho iniciou a produção industrial de aço e ferro dentro de elevado padrão técnico. 1.385 toneladas de peças fundidas em apenas seis meses. Procura excede a expectativa. 1.284 vagões para diversas estradas de ferro e companhias particulares e reparação de 259 vagões já fazem parte do acervo da Cobrasma; em carteira, ordem de reparação de outros 1.339 vagões. Em 1949, a Cobrasma atinge o pleno desenvolvimento de sua produção industrial. As peças fundidas e os lingotes alcançam um total de 8.615 toneladas.
A Oficina de Vagões constrói 30 novas unidades e remodela 422. De acordo com os planos de expansão industrial, sào iniciados estudos para a construção e montagem da Forjaria de Peças.
Em 1950, índices de produção cada vez maiores são alcançados: a Fundição registra 18.323 toneladas produzidas; a Oficina de Vagões remodela 469 unidades e constrói mais 73.
A Cobrasma assume o controle acionário da Fornasa S.A. Indústria e Comércio reestrutura a empresa, desenvolve a produção de tubos pretos e galvanizados e de outros, como tubos para permutadores de calor, para caldeiras e para indústria automobilística.
A Oficina de Matrizes (1951/53)
Em 1951, a Fundição produz 23.753 toneladas e a Oficina de Vagões constrói 311 novas unidades.
O ano de1952 é difícil, com sérios empecilhos referentes à importação, restrições de energia elétrica e retração do mercado. A Cobrasma, porém, envida esforços para levar a bom termo a montagem de sua Forjaria de Peças.
Inicia e conclui a construção do prédio destinado à Oficina de Matrizes e começa a levantar a estrutura metálica do edifício destinado à Forjaria. Devido às restrições à importação, surgem sérios problemas quanto ao aparelhamento especial encomendado para a instalação da Forjaria.
Em 1953, agravam-se as dificuldades externas. Mesmo assim, a Fundição produz 19.925 toneladas e a Oficina de Vagões constrói 343 novas unidades e remodela 167. O edifício da Forjaria de Peças esta praticamente concluído. Superando todas as dificuldades, a Cobrasma começa a receber os equipamentos destinados à Forjaria.
Em 1953, agravam-se as dificuldades externas. Mesmo assim, a Fundição produz 19.925 toneladas e a Oficina de Vagões constrói 343 novas unidades e remodela 167. O edifício da Forjaria de Peças esta praticamente concluído. Superando todas as dificuldades, a Cobrasma começa a receber os equipamentos destinados à Forjaria.
Forjaria em Ação (1954)
Excepcional demanda de peças fundidas permite à Fundição voltar a atingir alto índice de produtividade. No curto prazo de 135 dias, a Oficina de Vagões atende a uma encomenda de 150 vagões fechados para a Estrada de Ferro de Goiás. E a Forjaria, mesmo ainda incompleta, inicia seus trabalhos, lancando-se decididamente à conquista do mercado de peças forjadas, até então suprido quase exclusivamente pela importação.
Em 1955, a Forjaria contribui com um contingente apreciável para suprir o mercado interno de peças forjadas. O setor ferroviário faz seu primeiro grande fornecimento de material rodante para a Argentina, passo inicial para a exportação. Preparando-se para atender à nascente indústria automobilística nacional, e em obediência a um plano aprovado pelo GEIA, a Cobrasma firma um acordo com a Timken Detroit Axle, dos EUA, para a fabricação de eixos frontais e traseiros para caminhões. No ano seguinte chegam os primeiros equipamentos destinados à fabricação daquelas autopeças. Novos e importantes acordos são firmados com empresas norte-americanas, dentre as quais: The M.W. Kellog Company (fabricação de fornos de aquecimento direto e permutadores de calor destinados às indústrias químicas, principalmente às refinarias de petróleo); General Railway Signal Company, com a qual já matinha relações comerciais (equipamentos para sinalização ferroviária); Union Asbestos and Rubbler Company (fabricação de freios manuais para vagões ferroviários de carga).
Braseixos (1957)
Notável desenvolvimento no setor das atividades industriais da Cobrasma, com todas as suas seções em franca ascensão produtiva. Em conjunto com a Rockwell Spring and Axle Co. (atualmente, North American Rockwell Corporation), a Cobrasma constitui uma nova companhia, Cobrasma Rockwell Eixos S.A., uma das quatro empresas do grupo Cobrasma. Sua principal atividade é a indústria metalúrgica e de construção mecânica, especialmente a de peças para a indústria automobilística: eixos frontais e traseiros para automóveis e caminhões, inclusive conjunto diferencial.
A produção de material ferroviário se reduz por falta de encomendas. Em compensação, verifica-se uma crescente demanda de peças forjadas para a indústria automobilística. Torna-se necessária expansão da Forjaria de Peças para atender à procura. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDE) dá o seu aval para um financiamento no valor de US$1.620,00 do Export Import Bank, destinado à aquisição do equipamento necessário à expansão da Forjaria. A Cobrasma inicia também as obras de expansão de sua Aciaria, pra suprimento de matéria-prima à Forjaria de Pás.
Inaugura a oficina destinada à produção de equipamentos de sinalização ferroviária, no termos do acordo firmado com a General Railway Signal Co.
Assina contrato com a Nordberg Manufacturing Company para representação e venda de equipamentos especializados para manutenção de serviços em vias permanentes de estradas de ferro.
A conclusão das obras de ampliação dos edifícios da Aciaria e da Forjaria de Peças. A instalação de um novo forno elétrico de doze toneladas permite duplicar a capacidade de produção de aço líquido.
Inaugura a oficina destinada à produção de equipamentos de sinalização ferroviária, no termos do acordo firmado com a General Railway Signal Co.
Assina contrato com a Nordberg Manufacturing Company para representação e venda de equipamentos especializados para manutenção de serviços em vias permanentes de estradas de ferro.
A conclusão das obras de ampliação dos edifícios da Aciaria e da Forjaria de Peças. A instalação de um novo forno elétrico de doze toneladas permite duplicar a capacidade de produção de aço líquido.
Quadruplicada a capacidade de forjamento com a instalação de uma bateria de martelos e máquinas adquiridas nos Estados Unidos, em prosseguimento ao programa de expansão da Forjaria.
Início dos estudos para a instalação da Forjaria de Prensas, terceiro grande plano de expansão da Cobrasma, aprovado pelo Geia, em virtude das dificuldades de obtenção de matéria prima para sua Forjaria dentro ds especificações do material "forging quality" e nos prazos exigidos pela linha de produção.
Fundada a Brasprensas (1960)
Reorganização da Oficina de Matrizes, planejando-se sua ampliação. Prosseguem os trabalhos de montagem da Forjaria de Prensas. Funda-se a Brasprensas Rockwell S.A., originalmente Parachoques Ibesa Rockwell Ltda. Seu objetivo é a fabricação de prensa das simples ou em conjuntos parcialmente montados, tratamento de peças metálicas entre outros, destinadas principalmente à indústria automobilística.
Conclusão das obras para ampliação da Oficina de Matrizes e da instalação da Forjaria de Prensas. Em cumprimento a amplo programa de modernização, são substituídos três grupos de máquinas de moldar e adquiridos modernos equipamentos para controle de qualidade (exames de raios X, inspeção ultra-sônica e magnatest).
Reequipamento das oficinas, para melhor atender à fabricação de equipamentos para refinarias de petróleo e às indústrias petroquímicas e de plásticos.
Inauguração da Forjaria de Prensas, em 1962. Aquisição de novas máquinas fresadoras para matrizes e melhoria da produtividade dos martelos de forjamento. Novas encomendas do mercado de materiais ferroviários. Contratos para fornecimento de trens-unidades à Estrada de Ferro Central do Brasil, vagões de carga para a R.F.F. e vagões de minérios para a Cia. Vale do Rio Doce. Exportação de vagões para o Uruguai. Aumenta o volume de encomendas e sào elaborados novos planos de expansão da Oficina de Vagões e da Fundição.
Acordos com a General Steel Industries, dos EUA, para a fabricação dos truques "Commonwealth" para carros de passageiros, e com a Cardwell Westinghouse Company para a fabricação de aparelhos de choque e tração.
Em 1963, importação de modernas máquinas para reforçar a produçào de peças forjadas. Prosseguem os trabalhos de modernização e ampliação da Fundiçào. Conclui-se a instalação da seçào de fundição de peças para truques "Commonwealth" e inicia-se a instalação do moderno equipamento adquirido para a importante "Seção de Moldagem Manual".
Aceleração das obras dos novos edifícios da Oficina de Vagões e da Oficina de Equipamentos Químico-Industriais, em área de 15 mil metros quadrados.
Resultados Positivos (1964/65)
Aprimoramento o serviço de programação e controle e introduzidas novas técnicas nos métodos de produção Apesar da retração dos negócios e do racionamento de energia elétrica, os resultados são positivos. Desenvolve-se a produção de peças para os truques "Commonwealth" e de peças de grandes dimensões. Iniciadas as obras de um edifício e seis pavimentos, junto à Usina de Osasco, para abrigar quase todos os escritórios que se encontravam na Capital. Em 1965, em que pesem as preocupações financeiras, prosseguem as construções e substanciais obras de reequipamento.
Desenvolvimento de ações especiais para construções mecânicas "forting quality" e aperfeiçoamento de métodos de produção de peças grandes, especialmente para a indústria da construção naval, válvulas e prensas hidráulicas. Estudos de métodos e materiais novos de moldagem, especialmente os processos Shell e os moldes cerâmicos.
Desenvolvimento de novas linhas de forjados, destacando-se as de elos de tratores de esteiras e de motores estacionários. Aquisição de modernos equipamentos de solda, caldeiraria e usinagem para a Oficina de Equipamentos Petroquímicos.
Em 1966 foi marcada pelos esforços para consolidação dos programas de expansão. Notável aumento de produção na Aciaria e na Forjaria de Prensas. Esforços na Forjaria de Peças, antes voltada exclusivamente para a indústria automobilística, no sentido de diversificação de clientes.
Completado o desenvolvimento de peças para tratores e motores estacionários e iniciados outros, como o de peças forjadas para campo de petróleo.
A Oficina de Vagões prossegue na fabricação de trens-unidades. A Oficina de Equipamentos Petroquímicos executa um grupo de grandes permutadores de calor em aço cromo-molibdênio e monta, para a Refinaria Presidente Bernardes, de Cubatão, como parte de seu sistema de reforma catalíca, o maior forno de aquecimento direto produzido no Brasil, com capacidade de troca térmica de 140 milhões de B.T.U./hora e peso aproximado de 540 toneladas. Iniciada a construção de grandes caldeiras com a assistência técnica da The Babcock & Wilcox U.S.A.
Em 1967, grande falta de solicitações do mercado de material ferroviário e de equipamentos industriais, não obstante, pela elevada produção decorrente da demanda da indústria automobilística.
Incorporação da Forjaria de Peças à Braseixos. Introduzidos os serviços de computador eletrônico para controles de contabilidade, finanças, cálculos de folhas de pagamento, controles de estoque e outros.
Início da mudança dos escritórios da Captial para o novo edifício de seis pavimentos. Em 1968, registra-se maior agressividade da política de transportes dos governos federal, estadual e das autarquias e sociedades de economia mista.
Início da mudança dos escritórios da Captial para o novo edifício de seis pavimentos. Em 1968, registra-se maior agressividade da política de transportes dos governos federal, estadual e das autarquias e sociedades de economia mista.
Em conseqüência, são feitas maiores encomendas de material ferroviário, ativando a produção no setor. Registra-se substancial crescimento na produção de peças para a indústria automobilística, de tratores, cimento,mineração e britagem, com a conquista de novos clientes.
Progride o setor de equipamentos industriais constituídos de permutadores de calor, vasos de pressão, condensadores, torres de resfriamento, fornos de aquecimento, caldeiras e outros, sob assistência técnica de tradicionais firmas americanas.
Progride o setor de equipamentos industriais constituídos de permutadores de calor, vasos de pressão, condensadores, torres de resfriamento, fornos de aquecimento, caldeiras e outros, sob assistência técnica de tradicionais firmas americanas.
Trem Elétrico
A Cobrasma foi a primeira empresa brasileira em construir um trem de unidade elétrico Francorail, adquirido pelas Ferrovias Paulistas Fepasa no final da década de 1970 dentro do seu plano de remodelação do sistema de subúrbio da Grande São Paulo e Rio de Janeiro. Esses trens rodavam originalmente na linha tronco do sistema de subúrbios da antiga E.F. Sorocaba, entre Júlio Prestes e Itapevi.
No Rio de Janeiro o trem de unidade elétrico fabricado no Brasil pela Cobrasma, foi designado por série 900, entraram em operação nos subúrbios da antiga Central de Operação no Estado em 1980.
Locomotiva no Setor Pede Concordata em 1991/92
Na entrada da torre que abriga a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pode-se ver, em discretas letras cromadas, o nome Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho batizando o edifício. Foi uma homenagem dos amigos empresários a um dos mais jovens presidentes que já passaram pela entidade. Eram tempos áureos, de uma Fiesp forte, representativa.
Quanto às pendências tributárias, está tentando renegociá-las. Mas não imagine Vidigal de braços cruzados. Ele nunca foi assim. Nos últimos anos, colocou o governo no banco dos réus. Quer, a exemplo do que ocorreu com as empresas aéreas, reaver as perdas que teve no Plano Cruzado. Ele garante que o governo, só em reajustes, lhe deve uma bolada. "A Cobrasma sempre dependeu do governo e este foi meu maior erro", conta. O empresário, expert em números, diz que perdeu as contas dos calotes das estatais. "Pleiteio o reajuste do que tenho a receber conforme a inflação do período".
Se o julgamento, que deve durar uma década, for favorável a ele, Vidigal garante que deverá receber algo em torno de R$ 950 milhões. "Daria para pagar tudo o que devo e ainda preservar os imóveis", diz.
E por que Vidigal foi à forra depois de seis, sete anos da derrocada da Cobrasma? Até então, garante ele, havia promessas de novos contratos, havia esperança.
E por que Vidigal foi à forra depois de seis, sete anos da derrocada da Cobrasma? Até então, garante ele, havia promessas de novos contratos, havia esperança.
Para entender a situação da Cobrasma é preciso voltar no tempo. A Companhia Brasileira de Material Ferroviário foi, durante anos, uma locomotiva no setor. Era a fornecedora preferida do governo e chegou a exportar vagões e equipamentos para países tão diferentes quanto o Gabão e os EUA.
Todo esse prestígio começou a ruir quando a União responsável por 70% das encomendas à Cobrasma reduziu drasticamente os pedidos. Adicione-se aí a crise que colocou o setor ferroviário na lona, erros administrativos e altos custos nas fábricas e o resultado não poderia ser outro: seis anos consecutivos de prejuízos até a concordata no biênio 1991/1992.
Em 1993, a Cobrasma conseguiu levantar a concordata, mas caiu de novo nos anos seguintes e resolveu encerrar as atividades.
Reativação dos Galpões da Cobrasma
Em 1997 foi constituída a empresa Flanel/Flanaço, dirigida por Carlos Roberto Seiscentos, que havia trabalhado 30 anos na antiga Cobrasma.
Nessa época a empresa alugou um galpão de onze mil metros, antigamente utilizados como oficina mecânica, colocando em atividade 30 funcionários, sem energia elétrica que havia sido cortada há dez anos.
Nessa época a empresa alugou um galpão de onze mil metros, antigamente utilizados como oficina mecânica, colocando em atividade 30 funcionários, sem energia elétrica que havia sido cortada há dez anos.
"Antes de iniciarmos essa nova produção, a Cobrasma continuou sua produção reduzida e utilizava geradores a diesel".
No final de 2002 começou a dificuldade na produção de aço no País por esse material ficar em poder de duas poderosas empresas. "Essas empresas ditavam todas as regras e após sete anos estávamos caminhando para o fim. Fomos pedir a autorização ao proprietário do terreno Luis Eulálio de Bueno Vidigal Filho para arrendarmos uma parte", explicou Seiscentos.
Em outubro de 2002, o diretor geral da Flanel sugeriu aos engenheiros a fabricação do próprio aço, através da reciclagem de sucatas.
Em outubro de 2002, o diretor geral da Flanel sugeriu aos engenheiros a fabricação do próprio aço, através da reciclagem de sucatas.
Através da parceria com a multinacional Amsted Maxion e a MWL, a Flanel começou a vender aço líquido para essas duas empresas que produzem material para moldes ferroviários e contrataram 400 funcionários.
Após aumentar a demanda dos pedidos, a partir de outubro de 2003, a empresa passou a se chamar Flanel/Flanaço. "No início da produção contratamos 300 pessoas. Depois do aumento da demanda pelo produto, foram abertas outras 150 vagas. Desse total, 80% trabalhavam na extinta Cobrasma. Com essas contratações, adquirimos profissionais qualificados e com experiência na área, o que nos garantiu economia de tempo e treinamento", disse o diretor-geral da empresa.
Após aumentar a demanda dos pedidos, a partir de outubro de 2003, a empresa passou a se chamar Flanel/Flanaço. "No início da produção contratamos 300 pessoas. Depois do aumento da demanda pelo produto, foram abertas outras 150 vagas. Desse total, 80% trabalhavam na extinta Cobrasma. Com essas contratações, adquirimos profissionais qualificados e com experiência na área, o que nos garantiu economia de tempo e treinamento", disse o diretor-geral da empresa.
A empresa produz 500 toneladas de barras de aço todos os meses e está com a produção vendida até abril desse ano. Já a fabricação de eixos para vagões, realizada em parceria com a MWL, deve passar de 500 peças/mês para 800 a 1000 unidades no decorrer de 2004. "A MWL era a segunda maior produtora de eixos do País. Depois da parceria, em 2003, a fabricante passou a ocupar o primeiro lugar no ranking", contou.
A empresa osasquense é também responsável pelo fornecimento de 1,5 mil toneladas de aço líquido para a multinacional Amsted Maxion, um das maiores fabricantes de vagões do País.
"A nossa meta para os próximos seis meses é atingir a quantia de quatro mil toneladas.Além disso, parte da matéria-prima utilizada na produção do aço vem de sucatas. Atualmente, a empresa recicla 2,5 mil toneladas por mês, número que deve chegar a 6 mil".
A estimativa de Seiscentos é transformar a Flanaço nos próximos quatro meses, a maior fundição da América Latina e batalhar para que a rua da Estação seja trocada de nome para professor Luis Eulálio, empreendedor da mega-fábrica.
São Paulo
- Metrô-SP
- Trens da Linha 3-Vermelha até a composição 325 (sob licença da Francorail)
- EBTU/CBTU - STU/SP (atual CPTM)
- Série 400 (em conjunto com a FNV), atual Série 4400 da CPTM (Linha 12)
- FEPASA (atual CPTM)
- Série 9000 (em conjunto com o consórcio CCTU sob licença Francorail), atual Série 5000 da CPTM (Linha 8)
- VLT de Campinas
- Rio de Janeiro
- EBTU/CBTU/Estrada de Ferro Central do Brasil (atual Supervia)
- Série 400 (em conjunto com a FNV)
- Série 900 (sob licença da Francorail)
- CBTU
- Trens do Metrô-BH (sob licença da Francorail).
Frota C do Metrô de São Paulo
Frota série 4000 da CPTM e da SuperVia
Frota série 5000 da CPTM
Frota série 900 da SuperVia
Metrô de BH
Metrô de BH
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